O que menos importou foi o resultado final. Na capital nacional do triathlon, a cidade de Santos, mais de 250 participantes deram um exemplo de superação, ação social e apoio ao próximo, usando o esporte como ferramenta de inclusão, na edição de estreia do Festival de Triathlon Pererê A Tribuna. O evento, realizado na Ponta da Praia, teve como objetivo principal dar início ao projeto para arrecadar fundos para a aquisição de equipamentos esportivos a atletas portadores de deficiências.
Divididos em revezamentos, os atletas especiais atuaram ao lado de grandes nomes, para completar 600 metros de natação, 16 km de ciclismo e 4 km de corrida pela orla da Ponta da Praia.
Nomes conhecidos como os triatletas Paulo Miyasiro, Fred Monteiro, Fernanda Garcia, Edney Batista, o canoísta Fábio Paiva, os ciclistas de longa distância, Cláudio Clarindo e Júlio Paterlini, o ultramaratonista Valmir Nunes e o medalha de ouro olímpica no judô, Rogério Sampaio dera suas contribuições, atuando em equipes de revezamento. Além dos atletas, diversas pessoas quiseram participar, como os vereadores Hugo Duppre e Geonísio Aguiar, o Boquinha, e o secretário municipal de esportes, Paulo Musa, e o empresário Ivo Moreira, da Tremendão.
O esporte adaptado também esteve muito bem representado com nomes que já fizeram história como Paulo Aagaard, o Pauê, único triatleta e surfista bi-amputado, Eliziário dos Santos, o Motorzinho, primeiro cadeirante da América Latina a completar o Ironman, e os cadeirantes destaques nas corridas, Jaciel Paulino, Fernando Aranha e Carlos Neves de Souza.
Mas, sem dúvida, foram os pequenos que emocionaram o público presente, como Jean Carlos dos Santos, de 14 anos, cadeirante que inicia nas corridas, e a caçula da prova, Beatriz Andrade Martins, de apenas 8 anos. Vítima de Mielomeningocele (má formação na coluna) e de hidrocefalia, ela foi muito aplaudida ao competir ao lado do professor José Renato Borges, o Mosquito, que faz parte da primeira geração do triathlon no Brasil, formada em 1984 e que hoje comanda o Projeto Superação Unimonte, com mais de 100 alunos.
VITRINE – Exemplo de superação, Pauê, enalteceu a criação da prova e a interação com os portadores de deficiência. “É uma vitrine para outras pessoas terem incentivo de que a porta está aberta. O esporte me ajudou muito e isso trago sempre comigo e tento levar mais pessoas a começarem. Eu acredito que o esporte não é apenas um caminho, é um veículo de inclusão. Com certeza, ajudou em muito a minha recuperação e, consequentemente, a minha superação”, frisou.
Fonte: FMA Notícias